O que te conforta?

O que te conforta?

Algumas vezes, em situações difíceis da nossa vida, quanto estamos com a batata assando, seja no aspecto que for, seja no campo físico, emocional, financeiro, enfim, quando nos sentimos diminuídos, ou estamos adoecidos, aquilo que comemos, nossas lembranças de comidas que gostamos e que em algum momento nos confortaram, está intrinsecamente ligada a tudo isso.

Quer ver?

Você se lembra de quando era criança e voltava do colégio para a casa resfriado, febril, com o corpo todo dolorido? Ou ainda, quando te arrancaram traumaticamente aquele dente do siso e você ficou não só com a boca, mas com o corpo todo latejando? E quando levou aquele fora do paquera?

Era só entrar em casa porta adentro, com aquela cara de pedinte e sua mãe, sua avó, aquela babá inesquecível e até a sua irmã mais velha, sair correndo solidariamente em sua defesa e preparar aquele chazinho de ervas colhidas fresquinhas no quintal, ou te fazia aquele leitinho com quick de morango que você tanto gostava. Se o caso fosse mais grave alguém saia “caçando” um frango para te preparar aquela canjinha de galinha que levanta até defunto, até mesmo uma polentinha de leite com molho de carne moída. Um ovo quente, uma macarronada de cabelo-de-anjo, um mingauzinho de aveia

Isso é conhecido ou tratado como “Comfort Food” ou seja, aquela comida que conforta e acalenta o nosso corpo e a nossa alma, que nos traz a sensação de bem-estar, de aconchego, de afeto.

Momento Lembranças…

Eu tenho algumas boas lembranças de acalento, uma delas é o Malabie, aquele pudinzinho sem glúten, feito de farinha de arroz, leite e misk, coberto com uma geleia de damasco. Quando saboreio esta sobremesa de origem árabe, como em câmera lenta, na tela colorida dos meus desejos por este sabor, sentimentos desfilam e penso; o misk, o preparo, o cuidado, o acalento, a água de flor de laranjeira… tudo de bom que essa composição de gostos me remete. Recapitulo todo esse prazer em colheradas (pequenas, para não acabar logo) e, satisfeita me reintegro ao formato adulto que hoje tenho, feliz.

Esse texto te trouxe alguma lembrança?

Me conta aqui nos comentários, eu vou gostar de saber e de conversar com você sobre isso.

Aliás, posso te ensinar a fazer o Malabie, quer aprender? Clique aqui!

You Might Also Like

Leave a Reply

Back to top